quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

as coisas que sinto falta (de quando eu não era mãe)

Amigas, vamos ser sinceras, nós amamos nossos filhos, somos loucas por eles e não podemos mais imaginar nossas vidas sem a companhia dessas figurinhas. Mas tudo isso não nos impede de ver claramente como a nossa vida mudou, se transformou e, me muitos casos, tornou-se mais complicada e difícil. Sim, ser mãe é a aventura mais completa, forte e engrandecedora da vida de uma mulher, mas como tudo na vida, tem o outro lado da moeda.
Ou seja, ser mãe não é lindo, maravilhoso, estupendo e perfeito 100% do tempo. E quem diz isso não sou só eu. Mas eu e todas as mulheres que eu conheço e que já me confessaram baixinho, aos prantos ou rindo (de nervoso) que há horas que elas sentem vontade de escapar, só um pouquinho, e esquecer toda a responsabilidade que carregam por serem mães.
Cresci ouvindo que para todo “SIM” estamos assumindo uma série de “NÃOS”, e a maternidade não foge à regra. Para experimentarmos todo aquele prazer e alegria meio bobos que só quem é pai e mãe entende (ex: ter vontade de chorar porque ganhou um beijo ou um abraço apertado), temos que, muitas vezes, deixar para trás outras coisas que antes nos pareciam imprescindíveis.
Acho que em maior ou menor grau, todas vocês vão concordar comigo. Tendo ou não tendo babá, contando ou não contando com ajuda, tendo filhos maiores ou menores, trabalhando fora ou não, todas nós vemos as nossas vidas mudarem. E, junto com essa mudança, vemos indo embora uma parte nós e um tantão de coisas que antes fazíamos com tanta vontade, tanto prazer e facilidade. Fato!
E divagando sobre isso, resolvi fazer o post de hoje, com uma listinha das coisas que eu sinto falta agora que virei mãe. E antes que alguém entende essa desabafo de forma errada e venha querer me crucificar em praça pública, já adianto que não, não troco a vida de agora pela vida de antes, mas me dou o direito de perceber que sim, algumas coisas deixaram saudade.
Das coisas que eu sinto falta
  • De sentar para ler um livro em completa paz e silêncio
  • De fazer as refeições com calma e junto com as outras pessoas
  • De sentar para conversar, por horas
  • De ter o poder de ir e vir, sem ter que me planejar antes de qualquer programa
  • De dormir até a hora que eu quiser
  • De ter uma noite inteira de sono (hoje eu tenho, mas por meses sonhei com isso)
  • De ficar sozinha, sem fazer nada
  • De viajar sozinha com o marido (em breve! prometo!)
  • De tomar umas taças de vinho a mais sem me preocupar como será o amanhã
  • De poder ficar até a hora que eu bem entender nos programas noturnos
Claro que muitas dessas coisas pode-se fazer tendo filhos, mas elas não são mais como eram antes. Então, o jeito é aceitarmos, nos adaptarmos e tirarmos o melhor do que a vida nos oferece. Se não dá para conversar por horas, bata papo por alguns minutos, se não dá para ler um livro inteiro, pelos menos se entregue a uma revista, se não dá para viajar sozinha com o marido, vá pelo menos ao cinema. É nesses pequenas “fugidinhas” que a gente se reencontra.
Fonte: MdM


Eu acrescentaria um intem a essa lista, participar de programas (que não envolvam os filhos) sem culpa. Na maioria das vezes me sinto culpada de estar me divertindo longe da minha filha. Culpa essa que me acompanha até quando estou trabalhando. Sinto que estou deixando minha pequena abandonada durante a jornada diária de trabalho. E juro, que não entendo como tem mãe que consegue sair e se divertir sem o filho junto. Viajar, ficar mais de um dia longe é o fim pra mim. Qualquer saídinha que demora, eu já volto correndo e chorando pra casa. Tudo pra ficar com ela.




quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

Eu lápis...


Eu lápis.

Eu posso fazer grandes coisas, mas não devo esquecer que sou apenas um lápis, guiado por uma mão maior do que eu. Essa mão forte que me segura e me faz expressar aquilo que deseja, quero ser apenas um lápis nas mãos de Deus.

Ser um lápis não é nada fácil, as vezes a grande mão que me segura resolve me apontar. Entro em um grande e afiado apontador que confesso, não é nada confortável ter as bordas cortadas. Mas essa dor me deixa mais afiado e preciso para expressar mais claramente a vontade da forte mão que me segura.

Por ser apenas um lápis, eu sei que o mais importante em mim é aquilo que eu tenho por dentro: o grafite. É ele que faz a minha escrita ser legível. Assim como a alma humana, o grafite diz quem realmente sou. O grafite me traduz.

Como lápis eu tenho consciência que por onde eu escrevo deixo marcas. Entendo que tudo que eu falo, faço e sou, deixam traços pelos caminhos por onde ando e nas pessoas que encontro por este caminho. Preciso cuidar para que esses traços expressem a vontade da grande mão que me segura e que não sejam apenas rascunhos sobre mim.

Mas o principal sobre mim, que vocês precisam saber urgente... É que sendo lápis e não caneta, eu permito que usem uma borracha sobre as coisas erradas que eu escrevo. Se isso vier de mim, são erros meus, não do meu escritor, pois ele não erra nunca... Mas eu sendo lápis de madeira e grafite, posso errar. Usem a borracha sem restrição, para apagar em vocês tudo aquilo que não seja de valor que saiu de mim.


Porque eu, por mim mesmo, sou apenas um lápis; mas em mim Deus é o escritor.